sexta-feira

de chegada

cortaram nossas asinhas e nos fizeram escolher apenas algumas das postagens realizadas nos últimos meses. como bons chocadores que somos, detestamos rejeitar a cria. mas vá lá que, com muito bom jeito e toda a seletividade, escolhemos as notícias de conteúdo mais embriagante do Passarinho.


senta que lá vem história

durante o expediente] NO GOVERNO, NÃO TEM ESSA DE ESPERAR O FIM DO DIA PARA FICAR DE PILEQUE. O FUNCIONALISMO PÚBLICO FEDERAL MOSTRA QUE CAIPIRINHA BOA MERECE LEI. CONFIRA A RECEITA OFICIAL DA BEBIDA DIRETAMENTE DO PALÁCIO DOS TRÊS PODERES

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o melhor do webjornalismo no-sense] ENQUANTO AQUI SE FAZEM MATÉRIAS PARA INGLÊS VER; NOS ESTADOS UNIDOS, UMA REDAÇÃO POSSIVELMENTE BÊBADA PRODUZ UM WEBJORNAL EM PORTUGUÊS PARA BRASILEIRO LER

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se joga, pintosa] CERVEJA GELADA E SHOWS AO VIVO DE DRAG QUEENS NOS CARREGAM, ÀS 2H DA MANHÃ, PARA A O BAR ÂNCORA DO MARUJO. INDEPENDENTE DA SUA ORIENTAÇÃO SEXUAL, VEJA O MAPA E DESCUBRA O QUE HÁ NO FIM DO ARCO-ÍRIS

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voto, santinho e cerveja] JOÃO HENRIQUE PREFEITO, LÉO KRET VEREADORA. CONFIRMAMOS QUE A MELHOR CAMPANHA DE 2008, SEM DÚVIDA, FOI DO ÁLCOOL. O PORRE SÓ PASSA DEPOIS DE QUATRO ANOS

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neném bebe, mamãe não vê] BLOG DE FAMÍLIA QUE SOMOS, INVESTIGAMOS O LIVRO DE RECEITAS DA VOVÓ DA AMY WNEHOUSE E APRENDEMOS A FAZER DANONINHO COM VODKA. UM COPINHO VALE DOIS BIFINHOS E ALGUMAS DOSES DE VINHO

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stripper etílico] TODO MUNDO NU. ESSE É O LEMA DOS LEITORES QUE CURAM SEUS PORRES TIRANDO A ROUPA. VEJA O SURPREENDENTE RESULTADO DA NOSSA ENQUETE

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dicas importantes para sobreviver a lei seca] BEBER, CAIR E LEVANTAR NA CADEIA. O PASSARINHO NÃO LÊ TAMBÉM FALA SÉRIO. CONFIRA AS DICAS PARA SAIR COM O BOLSO E A VIDA ILESOS. QUEM NÃO BATE O CARRO HOJE, PODE BEBER AMANHÃ

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a derradeira] COMO PAGAMOS O QUE BEBEMOS, NÃO TEMOS VERGONHA DE NOS APRESENTAR COMO OS PINGUÇOS QUE SOMOS. QUER DIZER, QUASE TODOS. BRUMNA NÃO BEBE, MAS NINGUÉM É PERFEITO


escolha pelo rótulo!

fabricação própria] TEXTOS ARTESANAIS ENGARRAFADOS DE ACORDO COM OS PADRÕES ESTABELECIDOS PELO INSTITUTO BAGACEIRAS, ENVELHECIDOS NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA E SUBMETIDOS A UM RÍGIDO CONTROLE DE TEMPERATURA

bar bitúricos] TEORIAS SOBRE WEB JORNALISMO, PARA QUEM QUISER BEBER ATÉ DORMIR

dá um golinho?] PROPOSTAS INTERATIVAS, PORQUE A SUA PARTICIPAÇÃO NOS FAVORECE

voa-voa] QUERELAS ADMINISTRATIVAS E COMUNICADOS IMPORTANTES DO NOSSO QUERIDO PASSARINHO

engov] LEIA UM ANTES E UM DEPOIS



alambiqueiros com muito orgulho

caipirinha oficial

para mostrar que cachaça é assunto sério, o governo criou uma legislação para a receita oficial da caipirinha e de outras bebidas alcoólicas.

as resoluções estão no artigo 4º da Instrução Normativa (IN) 55, publicada na edição de 31 de outubro (uma sexta-feira! não era pra menos...) do Diário Oficial da União, e assinada pelo ministro Reinhold Stephanes.



leis tão sérias? nunca na história desse país!

o Passarinho, atento a tudo, inclusive aos conselhos oficiais de quem bem entende do assunto, resolveu trazer a receita da caipinha by Lula & cia. confiram:

primeiro que o açúcar deve ser cristal ou refinado, mas "poderá ser substituído total ou parcialmente por açúcar invertido e glicose, em quantidade não superior a cento e cinqüenta gramas por litro e não inferior a dez gramas por litro, não podendo ser substituída por edulcorantes sintéticos ou naturais".

depois, não é qualquer limão. o ideal é utilizar a fruta na forma desidratada e na proporção mínima de um por cento de suco de limão: "com no mínimo cinco por cento de acidez titulável em ácido cítrico, expressa em gramas por cem gramas", ficadica.

para quem achou que alguma coisa estava faltando nesse angú, o ministério dá a deixa. "ingrediente opcional - água". agora aguenta.

na verdade, a publicação se antecipou às decisões do governo, que ainda pretende ouvir a opinião de especialistas e da sociedade sobre o tema por um período de 30 dias, possivelmente a partir desta semana. é o momento que as pessoas poderão dizer se concordam ou não com o que foi definido. e você, concorda?



acho ótimo, companheiro

[postagem em homenagem a quem declarou sabiamente que o Brasil não é só caipirinha]

terça-feira

o “antes”, o “durante” e o “depois” das festas


"opa, tô bêba"


durante quatro anos cantei em uma banda de baile. o que mais me intrigava durante as festas era como as pessoas chegavam bem vestidas e saíam destruídas. parece ser uma regra, toda festa tem o antes, o durante e o depois.

no “antes”, todo mundo chega bem vestido; as meninas com penteados a base de laquê, sapatos e roupas impecáveis. os homens, com o velho e bom terno e gravata, muito bem passados, sapatos brilhantes e engraxados.

as meninas estão mais eufóricas, os abraços calorosos fazem a gente imaginar que elas não se encontram há décadas. no banheiro feminino, muita fofoca. os assuntos são sempre os mesmos: roupas, o garoto que é paquera, a menina que está brega, a outra que está bonita. nesse momento, a banda está tocando músicas lentas, para os pais e avós dançarem (um momento nostalgia).

o “durante” é muito interessante. você logo vê olhares do tipo “estou a fim de você”. os garçons são super disputados, todo mundo quer beber bastante. os tipos encontrados são sempre os mesmos: o engraçadinho, o nerd, o galã e o que passa desapercebido (aquele que você nem nota a presença). do palco eu tinha a vista “panorâmica” de tudo. já sabia quem ia dar vexame, quem estava triste, animado... via tudo de “camarote”. o que a gente tocava nesse momento? ora, anos 60, 70, 80, dance music.


Kirsten Dunst pós-rehab, saindo da festa

o “depois”, definitivamente, é a hora mais divertida da festa. as meninas estão de pés descalços, o penteado virou lenda, vários casais se formaram, beijos e mais beijos, pessoas choram e fazem declarações do tipo: “eu te amo amiga”, e brigas, muitas brigas de casais e jovens rebeldes. uma observação importante: a gravata não mais é um utensílio do pescoço, agora ela é usada na cabeça.

o que a banda toca nesse momento? bem, vou te responder, tocávamos forró, axé e Tim Maia. para nós, profissionais da música, todos os bailes podem parecer iguais. mas para cada formando, que passou anos se dedicando, ou não, a um curso superior, é um momento único. cada festa tem sua singularidade, mas todas tem uma mesma protagonista, a culpada por tudo: a danada da cachaça!

quinta-feira

o melhor do webjornalismo no-sense

quando a gente acha que já viu tudo em matéria de sub-aproveitamento da nossa querida multimídia, vem o Brazilian Pacific Times e cutuca nossa inteligência.

só pode ter sido mesmo a mão de deus para colocar ele no rol de webjornais do NetPapers. isto porque o BPT tem matérias em PDF! sendo assim, adeus links, adeus vídeos, hipertextos, interatividade.

o veleiro na capa é uma ironia. o site é nota zero em navegabilidade. posso falar? faz vergonha! mas a assinatura é "um ano por apenas $40.00!!" preferimos beber esse dinheiro.

só pra constar, o BPT é um jornal de San Diego feito para brasileiros que moram na terra do Tio Sam. são 4 pessoas produzindo diretamente o jornal, enquanto 5 colaboram. o conteúdo vai de viagens turísticas à viagens astrais, com contatos, cadastro, expediente, galeria de fotos e muito mais.

a identidade visual não é das piores, apesar dos banners coloridíssimos nas laterais do site.

mas a cereja do bolo são as concorrentes do concurso Garota Verão BPT 2004. é uma melhor que a outra. resistam a sensualidade delas e do editor, aí embaixo.



Jaroslav, "no meio de uma explosão atômica"

terça-feira

se joga, pintosa

Susie, Lou e O'hara, mais mulheres que você

quando a maior parte dos bares está fechando, à meia-noite, a Âncora do Marujo começa a abrir. por fora, o bar da Carlos Gomes engana: um portãozinho azul, espremido entre grandes casarões. mal sabe Alice, é a passagem certa para muita churria e diversão.

às 2h, quando a casa enche, começam os shows das drags-queens. a rainha Lou Lou dá as boas vindas, seguida por Susie D'Costa e Valéry O'hara. deixe que o vento te leve para essa ilha de luzes azuis na noite amarela de Salvador.

públicos_ a Âncora é frequentada por gays, héteros, bissexuais, travestis, transexuais, drag queens, Leo Kret e toda a diversidade de gêneros catalogados e não-catalogados

Análise PassarISO 2008 de Qualidade dos Bares: 8,5

índice andorinha_ custa apenas R$ 2 para entrar, a cerveja estupidamente gelada está garantida e o banheiro é coletivo [urrul]!

índice urubu_ o bar não aceita cartão de crédito e cheques, além de ficar num lugar meio boca-quente

como chegar_

dê bandeira na noite do Centro


[rua Carlos Gomes, 809, Centro. tel 71 3329.1833]

sexta-feira

da série animais que amamos




para aqueles que, como eu, amam felinos pela sagacidade e destreza que os bichanos têm, aqui vai uma comprovação do que já sabíamos. diz aí pro Marquês de Carabás... que Gato de Botas que nada! o nosso gato é de boteco!

--
post em alusão ao dia mundial dos animais, 4 de outubro,
e em homenagem ao querido [porém ainda muito cachorrudo]
blog Quatro Patas, das fofas Cássia e Fátima.

meninas, sejam simpáticas e nos tragam alpiste com wiskas nos próximos posts!
tudo bem que Passarinho é bípede...
mas quem não tem cão?

terça-feira

voto, santinho e cerveja

alguma surpresa no resultado da apuração de votos para vereador nesta eleição 2008? tudo nos foi explicado (o flagra é do fotógrafo Gildo Lima, da agência A TARDE):


de boa, tirando de tempo

bafo de urna

segunda-feira

neném bebe, mamãe não vê




fomos ao livro de receitas da vovó
e atualizamos a receita do danoninho.
lembre, um bifinho vale dois copinhos!

ingredientes

1 lata de leite condensado
1 iogurte natural
1 lata de creme de leite

1 ki suco sabor morango

500ml de vodka

modo de fazer bata tudo no liquidificador e vá pra galera

indicado para maiores de 18

$ barato

efeitos colaterais foram registradas voltas súbitas à infância e efeitos motores semelhantes a engatinhar


[se lembrar, conta como foi. beijos e queijos]

quinta-feira

[des]governo 40ºC

chega a estação mais quente do ano e os órgãos públicos ficam buliçosos. a vontade de mostrar serviço faz com que muitas novidades apareçam. a mais recente é a criação de um disk turista. o serviço de atendimento ao turista [SAT], propagandeado pela secretaria do turismo [Setur], quer dar conta do fornecimento de dicas sobre hospedagem, atrações turísticas, culinária, música, artesanato [ufa!] para os gringos que chegarem à capital.

a pretensão é tanta que a proposta contempla a venda de passagens aéreas, terrestres e via ferry-boat, e de ingressos para shows e outros eventos. demorou! a gente acha ótimo um "bureau de serviços" para os turistas, desde que ele seja mais requisitado como guia de curtição, do que por reclamações sobre insegurança.

outro que está em polvorosa é o procon. a superintendência realizou uma "batida" nos principais estabelecimentos comerciais da cidade. a operação fiscalizou e multou bares, restaurantes e casas noturnas que não fixavam o cardápio com os preços na porta, cobravam consumação mínima e que não destacavam as possíveis formas de pagamento.

todas essas práticas são abusivas e constam no código de defesa do consumidor. a lei é de 2006! atualmente, vale apenas o couvert artístico, desde que exista música ao vivo ou qualquer outra manifestação artística. mas atenção! isso não vale para quem chegou nos 45' do segundo tempo. afinal, ninguém merece pagar pelo que não viu.

fica a dica para Setur, Procon & cia. limitada que os baianos saem na noite durante o ano todo. quem sabe não está na hora de um disk-soteropolitano e de uma fiscalização mais intensa pra lá das águas de março...


disk-assalto? só se vê na Bahia

segunda-feira

pesquisa Passarinho de qualidade dos bares

a nova enquete quer saber:
os bares de salvador...?

se sua opinião não está em uma das alternativas,
contemple-nos com um comentário
e descreva a sua experiência

deixe sua vaia
ou sua gorjeta

domingo

stripper etílico

vamos ao resultado da enquete: como você cura um porre?

bem, ninguém tem paciência de fazer café

e o mundo tá mesmo ultra-individualista [nobody aluga um amigo]
- engraçado! tenho vários que me alugam até amanhecer.
numa próxima, vou dividí-los com todos vocês, ok?! -

o bom é que aqui não tem barraqueiro... nenhuma viva'lma faz escândalo!

5
pessoas mergulham até o pescoço na jaca e bebem mais

9
dormem e acordam com gosto de cabo de guarda-chuva

e... parem os processadores!
13 pessoas tiram a roupa quando estão bêbadas!

que galerê é essa?

bem que dizem que a internet deixa as pessoas mais corajosas...
ou seria inventivas??

--
para registrar!
[já que o bobologspot não sabe contar e parou no 28º voto]
um total de 29 pessoas [!] apareceram em nossa festa
a sua participação nas enquetes nos favorece... obrigada!

quinta-feira

e só mais um pio

vocês já devem ter percebido... o Passarinho tem uma nova componente! após a instauração de uma Comissão Para Assuntos Breves, foi decidido, por dois votos à zero, que ela fica. a decisão foi difícil. apesar da vida pregressa ser marcada pela esbórnia, Bruna não enfia mais o pé na jaca e nem bebe até cair. mas como ela não é careta, não foi viver pra Cristo, não é ruim da cabeça e nem doente do fígado, não há mal fazer um blog assim gostoso com ela também.

e como em seu primeiro gole ela nos brindou com um tema sério e importante, resolvemos ampliar a discussão e oferecer uma série de links sobre o tema.

ah! e se todo ex-bebedor tem um bom motivo para deixar a birita, não queremos fazer por menos. aqui vai um esclarecimento: Bruna largou a mardita porque precisa cuidar da voz. então, tá marcado: enquanto a gente bebe, ela canta.

0,2g de estudo por litro de links

quando os principais acontecimentos ou informações são noticiados, como nesta reportagem, em que são apontadas as estratégias dos bares para driblar a lei seca, eles acabam contendo complementações/ilustrações, que possam auxiliar na apresentação e compreensão das informações iniciais. e como memória de bêbado costuma ser curta, ainda tem um espaço para o material já disponibilizado sobre o mesmo assunto ou sobre assuntos correlatos.

dos ébrios de coração,

maria e ronney

terça-feira

dicas importantes para sobreviver à lei seca

a lei seca chegou, e ao que tudo indica, para ficar. agora não existe mais tolerância para a famosa frase: "eu tomei só uma cervejinha". um copo da gelada pode levar o motorista flagrado para a cadeia. além de ser preso, o bebum vai sofrer um desfalque no bolso, sendo obrigado a pagar uma multa de R$ 955.

em um país onde o próprio presidente confessou tomar uma cervejinha para relaxar, já poderia ser dado como certo que a nova lei geraria polêmica. há quem diga que a lei seca é muito radical, ditatorial. outros concordam com ela, principalmente aqueles que perderam seus familiares e amigos em desastres de carro.

mais do que confiar na nova lei e na eficácia que ela pode vir a ter na salvação de milhões de vidas, ficamos a nos perguntar para onde vão todos os presos embriagados. vale lembrar que tanto a polícia, o sistema judiciário e o carcerário no Brasil são muito deficientes.

acreditamos que a melhor forma de se evitar os acidentes é reeducar a população e conscientizá-la quanto aos perigos de dirigir-se alcoolizado.

pensando na seriedade do assunto tanto pelo lado econômico (a multa) quanto no pessoal (as possíveis vítimas), fica a dica para você que não consegue sair de casa e não tomar uma:


  1. deixe o carro em casa e vá de táxi

  2. se você vai sair com alguns amigos, escolha alguém para ser o motorista da noite (ele não pode beber é claro)

  3. se você não tem grana para pagar o táxi, você vai ter que ir de ônibus (sentimos muito mas é a realidade)

  4. se você não tem amigos que toparam sair com você no dia, vá beber perto de casa

  5. que tal fazer uma festinha doméstica? você economiza na gasolina, na bebida e ainda pode beber até cair no chão.

quarta-feira

a notícia em tempo real

como o jornalista deve começar a construir uma notícia em tempo real, segundo a autora? na web, a notícia em tempo real começa com duas linhas que registram as informações iniciais que chegam ao conhecimento do repórter. “algo um pouco maior que um título, geralmente entre oitenta e cem toques”, precisa Garcia Martinez. nesta pílula informativa, vale todos os critérios de apuração, indicação de fontes e hierarquização de dados; conforme seria com uma outra notícia qualquer.

após o primeiro "alerta", o que o jornalista deve fazer? entre o breve “alerta” e os dois primeiros parágrafos, o jornalista tem alguns minutos. o passo seguinte é apurar as informações que faltam para um bom lead. o repórter deve correr atrás do o quê, quem, quando, onde e por quê. feito isto, define-se qual [ou quais] destes cinco aspectos pode ser trabalhado no parágrafo seguinte, o sublead. a ordem é imaginar o que mais facilmente fisgará o leitor.

passada a primeira etapa, como deve ser feita a atualização de uma notícia na web? a atualização da notícia deve ser feita em um texto de quatro a seis parágrafos. este é o momento de se fazer um título preciso para informar bem o leitor. é importante fazer um bom lead, usar fontes que dêem credibilidade ao texto. as “aspas” são fundamentais porquê dão veracidade ao fato e indicam que o que foi escrito corresponde a realidade dos fatos.

quais são as opções de "notícias laterais"? Garcia Martinez entende o texto principal de uma cobertura - este que começa no alerta, passa pelo lead, sublead e atualizações - como o tronco de uma árvore. a depender da importância e dos possíveis desdobramentos daquilo sobre o quê se fala, ele terá mais ou menos galhos [ou seja, notícias laterais ou relacionadas, que podem ser outros textos, entrevistas e até recursos multimídia, como áudio ou vídeo]. estes galhos são importantes porque utilizam um dos principais pilares do webjornalismo, o hiperlink, para atrair o leitor aos outros aspectos da notícias. mas o cuidado vai além das notícias laterais. cada novo hiperlink ou nova informação deve ser acrescentada ao tronco, ao texto-notícia-mãe-de-todos, para que a chamada de capa sempre direcione para um “corredor” com todas as “portas” informativas possíveis, e para que, ao final do dia, a cobertura da internet seja tão ou mais completa que a do jornal do dia seguinte e pronta para ser registrada no banco de dados do site.
atualização

talvez o rádio seja mais rápido que a internet, mas a rede virtual tem várias vantagens sobre o aparelho. nela, além de som, cabem texto, imagem e vídeo.

todos esses arquivos ficam disponíveis para o leitor e para o produtor de conteúdo, que pode acrescentar novas informações com agilidade. ninguém perde a informação se não estiver na hora em que foi publicada.

os teóricos apostam na velocidade de atualização como um dos principais atrativos do webjornalismo. o recurso permite conhecer quase imediatamente quaisquer mudanças sobre algum acontecimento. é muito utilizado para divulgar breaking news (últimas notícias) e em coberturas de eventos com hora para começar e terminar, como jogos esportivos (lance a lance) e julgamentos.


atualizar sempre

terça-feira

memória

gavetas de arquivos com pilhas de papéis ou cds e disquetes com vários gigabytes de dados nem sempre são os melhores lugares para se guardar informação. além dos gastos com a manutenção e os riscos inerentes à perenidade do material, é difícil e trabalhoso achar o que se procura.

a internet não estraga, tem tamanho ilimitado e é bem mais prática para buscas. as pesquisas na rede funcionam por sistemas de palavras-chave cada vez mais refinados, que tornam mais simples achar arquivos específicos e fazer investigações amplas sobre algum tema.

contudo, é comum sites jornalísticos utilizarem os recursos da memória com preguiça e caduquice. não contextualizam nem relacionam as informações atuais com as antigas, impedindo que o leitor tenha um panorama das coberturas. os textos acabam se perdendo e só são encontrados nas páginas finais de uma pesquisa no google.

mas eles não somem. enquanto o banco de dados estiver online, os conteúdos podem ser recuperados. por isso, é bom evitar muito álcool no cérebro. você pode beber e esquecer o que fez, mas a internet nunca esquece.
personalização

para atingir o público-alvo e não deixar ninguém perdido no meio do cyber-oceano, cada vez mais sites criam bússolas que levam os navegadores da internet à direção que querem ir. além de selecionar e hierarquizar a informação de acordo com os interesses do internauta, ainda permitem adaptações no visual das páginas.

alguns portais vão até o usuário, alertando-o sobre as novidades que gostaria de saber. as newsletters, por exemplo, informam atualizações em sites por e-mails.

existem também os feeds ou feed readers, softwares agregadores de conteúdo. eles funcionam em conjunto com o really simple syndication [RSS]. se cadastrando num RSS através de um feed, você tem todas as notícias que deseja, dos mais diversos sites, não no e-mail, mas na tela do seu pc, através de leitor-agregador de conteúdos.

com a personalização, perde-se bem menos tempo na rede. é tão prático como conhecer o garçom do bar e não precisar repetir a marca da cerveja preferida.

domingo

you are the newsmaker!

já foi o tempo em que o botão tinha três únicas funções: ligar, desligar e mudar de canal. as máquinas de hoje tem teclas com multi-ações. mas não só os televisores [principalmente os pacotes de canais fechados] e seu super-controles anatômicos e cheios de teclas inovaram. chegamos a era da informação e à invenção do computador. desde então, o jornalismo ganhou um mouse com dois botões coringas e o antigo teclado da máquina de escrever cheio de aprimoramentos: muito mais leve, dinâmico e com backspace! esta facilidade técnica permitiu uma relação simbiótica entre homem-máquina. e a máquina está cada vez mais viva! o jornalismo na web também...

o leitor de web opina notícias, não mais com o vizinho de bairro, mas com todos os outros leitores dela. e além da ferramenta comentários e de fóruns de discussão [o DEBATE Época], é possível participar de chats, trocar e-mails com jornalistas, enviar vídeos, fotos e até acrescentar informações à própria notícia [vide os sites de informação no formato da wikipédia e desciclopédia, por exemplo]. como amplia Lemos e Mielniczuk, trata-se de uma multi-interatividade, que perpassa relações com a máquina, com a própria publicação e outras pessoas – autores ou outros leitores.

e por que não o simples hiperkink ser visto como mola da interatividade? o leitor de hoje escolhe o que exibir, até onde ler, a que se expor através do hipertexto. prova disso é o webjornal The Falling Times. nele, as notícias viram arroz de festa e caem sem parar subvertendo o modelo de chamadas de capa, sessões ou submenus. o sorriso de Hillary escorre pelo cantinho da tela enquanto uma vaquinha gira sem parar e opa! Bento XVI cai ao mesmo tempo em que dois ícones fazem sexo! a estratégia é que cada ícone leve a uma notícia, algo que faria Peirce morrer de inveja! a desordem gráfica leva a uma não-hierarquia dos textos. para completar, o The Falling conta com a opção Participate, onde os leitores podem inserir uma notícia e vincular a uma palavra-chave que, caso já tenha predefinido, gera um ícone na página principal. “You are creating the news”, dizem os editores. “You are the newsmaker”!

terça-feira

uma rede sinestésica

som, imagem e caracteres num só lugar. a internet possibilitou ao jornalismo um fenômeno que revolucionou a segmentação da comunicação, antes caracterizada pela presença de vários nichos (impressos, televisão, rádio etc.). com a multimidialidade, todos estes nichos/formatos foram engolidos por um suporte de multiformatos, que é a internet. a convergência possibilitou que o texto, o áudio, o vídeo e as demais artes visuais adentrassem a rede para agregar informações, simultaneamente, sobre um fato, notícia. com as novas tecnologias da informação, os jornalistas têm em frente um desafio: propor modelos além da pirâmide invertida ou do “off-sonora-passagem-off-sonora-off”. está nascendo um novo código, um código híbrido que permita como nos apresenta Machado, um “discurso áudio-tátil-verbo-moto-visual”. um bom exemplo de convergência midiática é o grupo Globo. primeiro, porque detém inúmeras mídias [editora, jornais, revistas, rádios, televisões e... sites!]. segundo, porque é um bom exemplo deste estágio inicial de convergência, onde materiais dos demais suportes recebem uma edição personalizada para entrarem na pauta dos meios eletrônicos e começam a se prestar não a uma mera reprodução de informações, mas a agregar valores atrativos e propor novas experiências do leitor com a notícia.

é o caso da notícia a seguir, que conta com material áudio-visual, além do texto.

Padre deixa de beber vinho na eucaristia para cumprir 'lei seca'

hipertextualidade ou “clique aqui para saber mais”

na web, ninguém escreve sozinho. isso porque o link é um caminho com muitas voltas. muito mais prático que qualquer citação, rodapé e bibliografia nos moldes da ABNT, as referências no jornalismo on line criam um discusso dinâmico, fluido, não-linear. se repararmos, a disposição das informações na grande rede é bem mais verossímil que as estruturas engessadas das pirâmides invertidas. além do espaço [infinitamente maior], as notícias criam volume, encostam-se, agrupam-se, complementam-se e, certas vezes, dialogam entre si, mapeando um verdadeiro panóptico para cada acontecimento.

alguns teóricos defendem que a passagem do feixe de luz por cada uma das “celas” segue uma ordem imprevisível [ao contrário do panóptico e sua trajetória linear sobre seu próprio eixo]; outros acreditam que nós, soldados-internautas, estabelecemos nossa própria linearidade - “específica, provisória, provavelmente única” – e com inúmeras possibilidades de continuidade, portanto, multilinear.

o fato é que ninguém sabe onde exatamente vai dar o link, se numa fotos, vídeo, animação, num site relacionado, material de arquivo ou anúncio publicitário. a pergunta é, se de certa forma, através dos hiperlinks, “somos compelidos a seguir associações existentes, objetivas e pré-programadas” – palavras de Manovich – até que ponto estes recursos são mesmo hiper e multilineares?

uma observação cautelosa do site da Folha Online - segundo eles mesmos, “o primeiro jornal em tempo real em língua portuguesa” - confirma a multilinearidade duvidosa com que navegamos na Internet. vejamos:

selecionamos [nem tão aleatoriamente] a inusitada notícia:

"Barriga de chope" tem causas genéticas e comportamentais
observem que, no corpo principal da página, ela não vem sozinha. obviamente conecta-se com matérias de assuntos relacionados. mas, nos digam, o que significa aquele link sobre um “roteiro de cultura e diversão da Internet” ? e os produtos da livraria folha? é por exemplos assim que esta multilinearidade é, em certos casos, excessivamente direcionada de modo a instaurar “interconexões de cabresto”, a serviço de questões mais comerciais que informativas.
a derradeira

o blog Passarinho não lê, aplicação literária da água que passarinho não bebe, saiu do ninho treinado para um único destino: transformar-se num guia prático da esbórnia, da bagaceira e da bebedeira.

convocamos todos ébrios e desvairados a participarem desta incursão aos quintais mais boêmios desta cidade embriagada por natureza, que é Salvador.

o Passarinho terá um pouco dos lugares inusitados que acolhem pândegas noturnas e folganças diurnas, encharcadas de álcool etílico e copos cheios.

bares de esquina, puxadinhos, casas de vinhos, botecos, adegas, chopperias, botequins e toda a gente que prepara e vende, que bebe e absorve.

mas como bons amigos de cachaça que somos, levaremos em conta a experiência do macaco velho e a falta de habilidade do ainda ontem iniciado... seremos perspicazes novidadeiros e um tanto didáticos.

nosso compromisso não é com a saúde, com a gastronomia, com a cultura, com a política ou com a economia, apesar de o nosso tema estar em tudo, da pança ao presidente.

a intenção é fazer um jornalismo folgazão e levar até você uma boa história, uma deliciosa trama, uma curiosa cena, ou uma figura inusitada, como se num bar estivéssemos e a saideira pedíssemos.

dos ébrios de coração,

maria, brumna e ronney

isso é água que passarinho não bebe...

conta Mário Prata, em suas invencionices divertidas, que a expressão é datada de 1938, quando seu tio avô, Alaor Prata, era prefeito do Rio de Janeiro – na época, capital do país. o registro encontra-se no livro Mas Será o Benedito?, obra em que ele gasta o latim para carnavalizar os ditos populares brasileiros.

sucedeu, ele explica, que uma praga denominada "lacerdinha", inseto pequeno e preto, eficiente sugador da seiva da planta, pôs o governador do Rio alarmado. a solução foi trazer de África milhares e milhares de pardais, que poriam fim a tal peste.

os pássaros chegaram, a praga sumiu, os pássaros se reproduziram aos montes e outra praga surgiu. os pardais infestaram a cidade e o país.

como exterminá-los? eis que resolveram: colocariam cachaça nos bebedouros públicos. só que ao invés de morrerem, os passarinhos multiplicaram-se ainda em maior velocidade. ou seja, passarinho pode até não ler, mas são bons de bico sim.

os bares de salvador...

como você cura um porre?